A retirada de árvores no entorno da Igreja Matriz da Sagrada Família, em Lucélia, iniciada nesta quinta-feira (25), causou reações entre moradores da cidade. A intervenção é realizada após pedido da Igreja, autorizado pelo órgão ambiental da Prefeitura Municipal.

Entre as justificativas, está o objetivo de ampliar as vagas para estacionamento, no local, com a criação de um novo bolsão para veículos, e ainda, a necessidade de eliminar árvores que apresentavam quedas frequentes de galhos e estariam colocando em risco a integridade física e segurança dos que transitam pelo local, além de risco material.

(Imagem: Cedida).

Procurada pelo AQUI LUCÉLIA, a Prefeitura Municipal informou na manhã desta sexta-feira (26) que a intervenção está amparada legalmente. “Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, as árvores foram suprimidas dentro dos protocolos legais por solicitação da Paróquia que estará realizando reformas (estacionamento). A mesma (Paróquia) fará a compensação ambiental”, disse o poder público municipal.

(Imagem: Cedida).

Também nesta sexta-feira, a secretaria paroquial confirmou o teor da nota da Prefeitura, e disse que diante da frequente queda de galhos, havia pedido de supressão feito há mais de cinco anos. A secretaria disse ainda que aguarda a finalização do projeto 3D, acerca da intervenção, para apresentar à comunidade. 

Moradores reagem

Ao presenciarem a supressão de árvores, moradores ficaram revoltados e lamentaram a medida. “As cenas que foram e podem ser observadas por aqueles que passam pelo local entristecem profundamente, árvores que por tantos anos forneceram sua sombra, oxigênio e tantos benefícios, além de sua beleza ímpar estão sendo brutalmente suprimidas para dar lugar a uma obra de ampliação ao estacionamento ali existente”, relatou a moradora Mayla Furlaneti Oliveira ao AQUI LUCÉLIA.

(Imagem: Cedida).

Ela conta que foi surpreendida pela ligação de sua amiga Izabel Cristina Martins que, aos prantos e muito comovida e revoltada, comunicou sobre a ação da supressão das árvores no local. Há mais de 25 anos, Cristina trabalha nas imediações e afirma estar muitíssimo triste com a decisão. “É revoltante que o ser humano, e principalmente vindo a ação de seres-humanos ligados a uma instituição religiosa, privilegiem sempre o próprio bem-estar e comodidade em detrimento da manutenção e preservação de um meio ambiente ecologicamente equilibrado, valorizando espécimes arbóreos já constituídos e plenamente saudáveis”.   

(Imagem: Cedida).